Este é o primeiro ano que a Olimpíada concede bolsas Iniciação Científica Júnior para alunos que obtiveram um bom desempenho; estudante ficou entre os melhores na etapa nacional da competição
Jonas Ribeiro de Azevedo Filho, estudante da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ-UFRN), conquistou uma Bolsa de Iniciação Científica Júnior (ICJ) do CNPq por meio do resultado da participação na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR).
Este é o primeiro ano que a Olimpíada concede bolsas ICJ para alunos que obtiveram um bom desempenho nas modalidades práticas: apresentação, simulação ou no minicurso de robótica. A EAJ-UFRN participou da modalidade prática de simulação, que selecionou os estudantes com os melhores desempenhos na modalidade durante a etapa nacional. Em 2020, o aluno, juntamente com João Vitor Gomes Vieira e Vitor Carvalho Silva, participaram da modalidade prática de simulação da Olimpíada como a equipe Alpha Robots, na etapa estadual, e conquistaram a 10ª colocação na competição. Este ano, o trio se juntou à Jonata de Andrade dos Santos, também da EAJ-UFRN, e formaram a equipe CalangoBots. Desta vez, ficaram em 3º lugar na etapa estadual, garantindo a classificação para a etapa nacional da OBR. Na etapa nacional, dentre as mais de 90 equipes, a CalangoBots ficou em 30º lugar, sendo a equipe do estado mais bem posicionada no resultado, e a partir disso, os quatro estudantes ganharam a bolsa ICJ do CNPq para todo o ano de 2022. Dos quatro integrantes, três já estão envolvidos em outras atividades de pesquisa, então apenas Jonas realizará as ações da bolsa. O estudante, que está no 2º ano do Curso Técnico em Informática, comenta sobre a participação na OBR e o resultado obtido. “A experiência de participar da OBR foi muito agregadora, em especial por ter trabalhado em grupo com mais três outras pessoas por tantos meses. Ficar, pelo menos, seis horas semanais trabalhando no simulador, tentando superar os obstáculos da pista e corrigindo os problemas que apareciam ao desenvolver o código, foi desafiador e muito divertido também. Ser contemplado com uma bolsa de iniciação científica traz uma sensação de reconhecimento ao esforço dedicado na última OBR, em que tantas equipes participaram, e a minha equipe foi uma das premiadas com uma bolsa. Eu realmente não esperava por isso. Quando eu estava desenvolvendo o robô, junto com o resto da equipe, meu único motivo para fazer aquilo era o desafio envolvido no processo”, relata o aluno. O estudante irá desenvolver um curso do simulador utilizado na modalidade prática de simulação, o qual deverá ser compartilhado prioritariamente com alunos da rede pública de ensino.
“A atividade que eu vou realizar da bolsa, além da participação na categoria simulação da OBR no próximo ano, será a criação de um curso online voltado para o desenvolvimento no simulador sBotics, visando ajudar as pessoas que nunca tiveram contato com esse ambiente de desenvolvimento”, comenta Jonas.
O professor Leonardo Teixeira, orientador dos estudantes, comemora a conquista. “Fico muito feliz pela concessão das bolsas para os nossos alunos, principalmente devido a persistência deles em continuar participando e pela evolução que eles tiveram de 2020 para 2021. Jonas estará representando a equipe como um todo. Além do fator motivacional, a bolsa proporciona a inserção de pesquisa e extensão no currículo do aluno, gerando diferenciais de formação para ele. Para a escola também foi interessante pelo fato de haver uma nova forma de fomentar a pesquisa na instituição, além dos editais institucionais conhecidos”, celebra. Sobre a preparação para a OBR, os alunos contam com auxílio de equipes. Na modalidade teórica, a monitora da disciplina de Eletrônica para Computação, Ana Júlia Saturnino de Lima, preparou vídeos com diversas resoluções de questões de edições passadas, tornando possível para os alunos observarem temas que costumam estar presentes na prova. Na modalidade prática de simulação, houve a participação com duas equipes. A dinâmica se dava através de reuniões virtuais entre os membros de cada equipe; da equipe com orientador; e entre as duas equipes. Também houve a contribuição de Lucas da Silva Leoncio, bolsista de apoio técnico do Laboratório de Eletrônica, na gravação de alguns vídeos de demonstração de funcionamento do simulador sBotics. O professor ainda comenta sobre a próxima edição. “Desde 2017 temos participado da OBR e com isso já conseguimos nossa principal conquista: a criação de uma cultura de interesse pela área e pelas demais Olimpíadas Científicas nos alunos do Curso Técnico em Informática. Toda conquista a partir da OBR serve como exemplo e motivação para os alunos mais novos. No ano que vem ainda não há a definição de como será(ão) a(s) modalidade(s) prática(s) da OBR. Assim que saírem essas definições daremos início a preparação da OBR 2022”.
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